terça-feira, 19 de abril de 2011

Serão Literário com Luis Serguilha

 “Ouvir Serguilha recitando seus poemas/partituras é uma experiência inesquecível e necessária para entrar na espessura de sua poesia.
Víctor Sosa




Nessa segunda feira, 25 de abril, data em que se comemora a Revolução dos Cravos que deu fim a ditadura salazarista em Portugal, o Serão Literário, em seu segundo encontro, traz o poeta português Luis de Serguilha.

Nascido em Vila Nova de Famalicão, Portugal, Serguilha distinguiu-se em várias áreas, tendo atuado como coordenador de uma academia de motricidade-humana, colaborador em pesquisa arqueológica da época castreja, dinamizador de bibliotecas de jardim. Poeta e ensaísta, suas obras são: O périplo do cacho (1998), O outro (1999), Lorosa´e Boca de sândalo (2001), O externo tatuado da visão (2002), O murmúrio livre do pássaro (2003), Embarcações (2004), A singradura do capinador (2005), Hangares do vendaval (2007), As processionárias (2008), Roberto Piva e Francisco dos Santos: na sacralidade do deserto, na autofagia idiomática-pictórica, no êxtase místico e na violenta condição humana (2008), KORSO (2010), KOA'E(2011) estes quatro últimos em edições brasileiras. Seu livro de prosa -Entre nós - é de 2000, ano em que recebeu o Prêmio de Literatura Poeta Júlio Brandão. Possui textos publicados em diversas revistas de literatura no Brasil, na Espanha e em Portugal. Alguns dos seus textos foram traduzidos para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão e catalão.Participou em vários encontros internacionais de Arte e Literatura. É responsável por uma coleção de poesia contemporânea brasileira na Editora Cosmorama e Curador do Encontro Internacional de Literatura e Arte: Portuguesia.
Para o poeta e tradutor uruguaio Víctor Sosa: “Serguilha se vincula a certo neobarroco iberoamericano, que tece suas constelações desde Lezama Lima e Haroldo de Campos (o de “Galáxias”) e chega até a atualidade em poetas de língua portuguesa e castelhana (Néstor Perlongher, Wilson Bueno, Paulo Leminski, José Kozer e Víctor Sosa) que aplicam procedimentos semelhantes em suas escrituras de criação.” Se bem que menos interessada nos “labirínticos eflúvios do inconsciente”, diz o tradutor uruguaio, “sua poesia pode ser vinculada ao surrealismo e à escrita automática”.
KOA'E(2011) é o livro “mote” de nossa conversa. Sobre os poemas que nele constam, o escritor e crítico literário Marcelo Moraes Caetano fala em “música ocular”, a demandar uma “arquimetalinguagem vista por outro telescópio ou por outro microscópio”.

Serão Literário com Luis Serguilha: Segunda, 25 de abril, Anfiteatro A da Fclar, 20h.

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